sábado, 20 de setembro de 2014

#WishList: Série Os Tudors - Philippa Gregory

E aí bookaholics, tudo bem?

Espero que tenham gostado do novo layout do Blog, que estava super precisando de um upgrade. Um obrigada especial pro meu nerd-gênio favorito Daniel, que me ajudou a ajustar o html e deixar o Palavra Descruzada um pouco mais com a minha cara!


Decidi fazer uma nova tag, chamada #wishlist, pra mostrar todos os livros que eu estou super curiosa para ler e que tem uma boa repercussão por aí. Quem sabe você não tenha lido também e possa comentar o que achou, ou até fique na vontade também? Pra quem gosta de romance, aposto que essa lista vai aguçar o espírito amorzinho que sei que compartilho com mais milhares de bookaholics nesse mundão. 

Wish ♥ 1: Série Os Tudors, da Philippa Gregory

Se tem uma coisa que eu gosto tanto quanto livro de romance, é uma boa história épica. Nada como ler os livros enormes do Bernard Cornwell, por exemplo, que falam sobre os vikings, saxões e o Rei Artur, que é o meu personagem histórico favorito por mil razões diferentes. Mas tem uma mulher que eu considero tão boa quando o Cornwell, e ela é a Philippa Gregory. Meu deus, os livros são impecavelmente escritos com lealdade dos fatos ocorridos há séculos atrás e o enredo é tão envolvente quanto a sinopse promete. Para quem não sabe, os Tudors foram uma família nobre da Inglaterra que governou o país após a Guerra das Rosas no séc. XV. Se ainda assim não refrescou a mente, o monarca mais famoso desta dinastia homônima é o pervertido e sagaz Henrique VIII, aquele que desfaz os laços com a Igreja Católica só para se casar com a plebeia Ana Bolena. Lembrou? Pois é, eu também sou super curiosa para saber o que aconteceu de verdade nesse tempo (mesmo que o real não seja possível saber, né? História é história) e nunca consegui assistir a série Os Tudors até o fim, então começar a ler essa série foi uma ideia genial. Infelizmente é super difícil de achar os livros no sebo e eles são super caros, então pretendo conseguir trocar no Skoob ou comprar aos poucos. 

São seis livros no total, todos eles enormes e contam a história da corte inglesa na visão das mulheres envolvidas na vida de Henrique VIII. Temos a Catarina de Aragão, sua primeira esposa, suas filhas Mary e Elizabeth, as amantes e esposas Ana Bolena e Ana de Cleves e claro, Mary Stuart, Rainha da Escócia e descendente do trono inglês. Para vocês terem uma ideia, todas as tramas que estas forças femininas promovem para alcançar o trono, são descritas por Philippa, com uma habilidade impressionante de adicionar novos elementos na história já revelada. Li apenas "O Bobo da Rainha", que conta a história da jovem Hannah e sua vidência, que a faz ter uma relação muito próxima com a Rainha Mary e posteriormente com a Rainha Elizabeth. Nesse livro a intensa luta entre as duas Rainhas é contada, de forma que vemos a filha de Catarina de Aragão minguando seu poder, enquanto sua meia irmã e filha de Ana Bolena conquista a todos com sua inteligência e sedução. Acho que ficaria tão dividida quanto Hannah ficou, pois não é possível amar só uma delas, já que as características são tão únicas e tão harmoniosas com toda a corte Tudor, que fica difícil saber em qual time você está.

Mas enfim, é uma boa dica de leitura, dá para ficar um mês envolvida na dinastia mais famosa da Inglaterra e conhecer todas as mulheres de Henrique VIII. Acho que não só rola uma curiosidade sobre a própria história, mas como também o que a gente faria, como mulher, na posição de cada uma delas. Isso é bem interessante de se pensar conforme a leitura vai progredindo no livro. E antes que vocês achem que é tedioso, não se trata de um livro jornalístico e nem muito menos didático sobre a época, viu?! Para quem gosta de romances épicos, a série Os Tudors é mais do que recomendada, porque não tem a proposta de mostrar o que aconteceu, mas sim os fatores que fizeram com que cada uma chegasse aonde chegou. Por isso que minha #WishList é ler os outros cinco livros da Philippa, e escrever uma resenha aqui no Blog, obviamente! 

           

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Resenha "Se eu Ficar" - Gayle Forman

"Às vezes você faz escolhas na vida, e às vezes as escolhas fazem você (...)"
Essa foi à pedidos do Blog Dramalhices e eu nem preciso dizer o quanto eu amei a oportunidade de pegar o livro recém comprado e devorá-lo em poucos dias, né? Então meu obrigada especial Carlinha, e fica aqui minha resenha dessa verdadeira história de amor!

É o seguinte: se você ainda não leu "Se eu ficar", leia. É sério, não se trata apenas de uma história triste, carregada à lágrimas e com um final bonitinho. Este livro de 224 páginas (na edição que li tinha o acréscimo da entrevista com os atores do filme e um comecinho do próximo livro) é uma verdadeira reflexão sobre o que nos faz viver. Parece clichê, pois é exatamente o que podemos pensar com esse título, mas a verdade é que você se pega pensando no que faria você ficar, caso estivesse na mesma situação na qual a Mia se encontra. Esse livro é igualzinho a capa: uma colcha de retalhos da vida da jovem violinista, quando ela se vê "desgrudada" do próprio corpo após sofrer um acidente que mata sua família toda. E não estamos falando de espiritismo, viagens astrais, nem nada, para mim pareceu mais a sua consciência, sabe? Como se ela pudesse coexistir com o seu corpo, com os seus pensamentos. 

Você irá chorar com este livro. E nas primeiras páginas, ainda por cima. Conhecemos a família da Mia, o pai que traz consigo raízes punk e agora é professor engravatado, a mãe que é uma ex hippie feminista e o irmão Teddy, hiperativo e muito alegre. Fica impossível não retratá-los em um quadro perfeito na sua mente, porque é tudo muito natural: eles são felizes porque estão juntos. E a viagem catastrófica traz lembranças em Mia que estão incrustadas em sua vida, como se fossem pequenos "fios especiais" que ela guardou para si, com o poder de refrescar sua mente sempre que se lembra de determinadas coisas. É assim que a trama do livro funciona. Mia passa por alguma situação enquanto está em sua forma "espírito" e automaticamente se lembra de determinado momento, sendo que eles explicam muito bem o rumo que suas escolhas vão tomando. É por conta de uma das enfermeiras, aliás, que ela descobre o que a faz estar ali e o poder que tem de mudar seu destino. E acho que é assim para todo mundo, né? Vivos ou não, só nós podemos determinar nosso caminho. Não importa aquilo que acreditamos, pois no final das contas, o que nos faz levantar todos os dias da cama é um conjunto de fatores ou um só, que tem o poder de nos incentivar. Motivar. Fazer com que cada dia seja uma nova chance de recomeçar. É disso que o livro se trata. E não se engane se você acha que é um drama sem sentido algum, com o propósito de nos ensinar alguma lição profunda e acabou. O motivo pelo qual a nossa doce, determinada e talentosa Mia fica, não se trata da perda da família e o desejo de superar todo o trauma envolvido. Tanto que durante o tempo em que ela fica internada na UTI, não importa qual membro de sua família e amigos vá visitá-la; Mia acaba fazendo uma escolha surpreendente no final. E o seu namorado roqueiro, guitarrista da Shooting Star, Adam, é uma lição para quem acredita que o amor não tem força, além dele servir como "chave" para o entendimento desse livro e de sua continuação. Quer dizer, a gente sempre acaba ficando por alguém, né? Faz todo o sentido para mim, que as nossas escolhas se baseiem no que sentimos. É assim que as coisas na vida real acontecem. 

Portanto se apaixonem durante a leitura, por favor! Leiam entendendo todas as escolhas que se passam pela mente fragmentada de Mia e se perguntem se vocês fariam o mesmo. Como já disse, no final, o que importa de verdade, é entender que nós somos donos do nosso caminho e que amar transforma tudo. Ah, e o bônus é que você não precisa ficar chateada com o final do livro, pois tem continuação! E parece que é surpreendente, pois Mia continua inovando quando o assunto é escolher. Então vamos esperar pelo lançamento de "Para onde ela se foi", porque com certeza vou ler! 

Edição: 1
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581635415
Ano: 2014
Páginas: 224
Tradutor: Amanda Moura



terça-feira, 16 de setembro de 2014

Resenha "Coração Rebelde" - Nora Roberts

Coração Rebelde - Nora Roberts

Lembro que este livro me chama a atenção desde sempre nas prateleiras cheias de obras da Nora Roberts e, que quando encontrei ele abandonado em uma biblioteca do clube em que frequento, não pude deixar de levá-lo para mim. Pois é, eu adoto livros e me sinto bem quando fico completamente absorta na história, mas isso é um "defeito" de qualquer um que realmente ame livros, né? É mais forte que a gente essa paixão por namorar aquele livro durante semanas, acariciar a capa bem feita, ler mil vezes a sinopse até levar aquele pedaço de mundo para casa. Ler então, nem se fala! Não dá para colocar em palavras o quanto ler é bom e sempre fez parte da minha história. Mas esse é um assunto pra outro texto, vou me limitar a contar para vocês o que achei do livro "Coração Rebelde" da série "Corações Irlandeses", escrito majestosamente pela minha querida Nora Roberts. 

Esse é o terceiro da trilogia, e super pretendo ler os outros porque sinceramente me chamou muito a atenção! Fiquei sabendo que na verdade, saiu aqui no Brasil no formato pocket e que os outros dois livros não são mencionados como parte da trilogia. Os nomes deles são "Almas em chamas" (que conta a história dos pais da protagonista) e "O mistério de uma flor", portanto se você se interessar depois da resenha, já sabe o que comprar depois! 

Bom, sem mais enrolações, vou apresentar à vocês a história de Keeley Grant e Brian Donnelly. O livro  tem os mesmos ingredientes que ela costuma usar em muitos dos seus livros, mas achei que ela soube surpreender muito o leitor ao longo das páginas, pois a história foge muito bem do esperado e do óbvio. A Keeley é metade irlandesa, ruiva e rica. Tem uma família amorosa e unida e é herdeira de uma das fazendas mais prósperas, a Royal Meadows. O irlandês Brian é um treinador jovem, de origem humilde e que nunca fica em um lugar por muito tempo. Ele conhece a nossa princesa do gelo quando Travis Grant, seu pai, o chama para conhecê-lo: o antigo treinador de cavalos, Paddy, vai se aposentar. Conhecendo a reputação do velho, Brian se esforça para impressionar a família de Royal Meadows e não precisa de muito para conquistar o cargo. O que temos nessa história é puro talento, pois o personagem foi trabalhado para que seu passado fizesse o seu presente, ou seja, ele se esforça ao máximo para ser o melhor sempre. E não dá para deixar de se envolver na história dos dois, sem mencionar os cavalos! Gente, a Nora deve ter um haras ou algo do tipo, porque é o segundo livro dela que eu leio no qual o romance se passa em uma fazenda. E é simplesmente sensacional! Dá para sentir o amor que os personagens têm pelos cavalos, e isso passa para você inevitavelmente. Adoro quando o escritor consegue transmitir isso, então gosto muito quando tem Nora e cavalos ao mesmo tempo rsrs. 

A trama é que, por serem de "classes diferentes", Brian tenta sufocar o desejo que tem por Keeley, mesmo que demonstre muito no começo o quanto tem vontade de ficar com ela. É aí que somos surpreendidos, pois ela até então o esnobava, não dava uma brecha para que ele a conhecesse, e de repente tudo muda. Somos apresentados à escola de equitação dela, que ajuda meninos que já passaram por algum trauma na infância, mas também crianças ricas (para o sustento da escola, porque ninguém vive de caridade, infelizmente!). Isso é um choque para Donnelly, que a vê como uma princesa mimada que não faz nada. Quando ele descobre que ela dá toda a assistência para essas crianças, sua visão começa a mudar e rapidamente os papéis são invertidos. De uma hora para outra, Keeley começa a pensar se não vale a pena se entregar para o rapaz que seu pai contratou para treinar os cavalos de sua fazenda e descobre que ele pode ser o escolhido para ser o primeiro homem no qual ela irá se deitar. 

Podem imaginar o quanto isso muda o rumo do livro, não é? O terreno fica perigoso para o Brian, que tenta desesperadamente fugir, mas vemos o quanto ela sabe realmente "laçar um cavalo". Para mim, é basicamente isso que a história passa: como podemos mudar sutilmente a visão do outro e tirar nossos preconceitos quando se trata de amor. Brian, apesar de muito talentoso, não conseguia ver que ele tinha capacidade para fazer a diferença e merecer tudo o que havia conquistado. Keeley também aprende, pois começa a perceber que não precisa sempre ser a Rainha do Gelo e nem fazer tudo sozinha. Gradativamente, os dois passam a formar um time, e a Nora não se precipitou nenhum pouco ao mostrar essa evolução. Os dois se ajudam, e quebram a mística de pessoas de diferentes classes sociais não podem ficar juntas. Achei o livro bem escrito, bem desenvolvido pois não cansa em momento algum e a história dos dois é tão linda, que no final eu nem reclamei por ter acabado no "felizes para sempre" costumeiro. Na verdade, foi tão bem estruturado que eu consegui ver um filme saindo daquelas páginas. Teve briga, teve drama, teve romance e muito sexo, então não deixou a desejar em nenhum momento! E claro, para quem ama uma boa história de amor, a desses dois não decepciona. 

Título: Coração rebelde
Subtítulo: Trilogia Corações Irlandeses 03
Edição: 2
ISBN: 8571238553
Editora: Best Seller
Ano: 2003
Páginas: 223


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Para não dizer que eu sumi

Vou engolir minha timidez e dizer que desde que voltei para casa, não parei de pensar que não queria ter de dado adeus. Foi como tirar doce de criança ter você comigo naquela noite, me dando a mão e olhando tão fundo nos meus olhos, que a única reação existente era ficar vermelha sempre que eu tentava disfarçar o quanto eu estava gostando de ser tratada daquele jeito. Sei lá, você é uma dessas pessoas que amaciam o nosso coração e a gente não quer que vá embora. Fiquei tentando dizer e me convencer que aquilo era totalmente casual, que os seus beijos eram efêmeros, assim como a madrugada juntos em uma avenida agitada, mas parece que algo em mim não consegue obedecer a esse comando mais. Eu não estou admitindo nada, nem que gosto e nem que deixo de gostar, mas que de alguma forma, você ficou em mim. E foi por isso mesmo que o medo tomou conta e fugir foi a única saída, mesmo não querendo ser covarde. Fugi do lobo, das músicas, do sorriso, dos olhos esverdeados e de tudo o que poderia ter sido. Por simples medo. Por convicção de que estou bem sozinha. De que tudo é “como deve ser”, me punindo por todas as vezes que escolhi errado antes. E admito, uma vez só, que sim, eu tive medo pelo modo no qual você me fez ficar feliz em apenas uma noite, e não precisou de nada para isso. Não tinham truques envolvidos, não tinham falhas expostas, era fácil. Só você e eu, em um mundo desligado e completamente mudo ao nosso redor. Como se fossem acordes fáceis de um violão há muito tempo desafinado. Você me encontrou, ali no meio de uma bagunça frágil, e mostrou muito pouco do que poderia ser. E essa fração me encantou, se tornando muito mais do que um beijo e um adeus no final da semana. Fiquei exposta a certo tipo de dilema: foi uma noite que poderia ter se dissolvido em uma vida inteira, ou uma vida inteira que nunca poderia se igualar àquela noite? Não sei responder a essa pergunta. Mas toda a vez que tento achar motivos para te tirar da mente, vem àquela lembrança frágil das suas mãos segurando meu rosto e dizendo o quanto eu era linda. Podia ser uma mentira, mas colou. Assim como seu instinto protetor, assim como o filme engraçado que a gente escolheu, assim como a cerveja que a gente bebeu. Eu queria mais da sua conversa, mais daquela sensação que eu estava com alguém. E nesse tempo todo sozinha, nunca mais quis. Mas aí veio você e seu jeito calmo que combina muito com o meu, a sua falta de atenção para o que está acontecendo ao redor, que ironicamente é igual a minha e todo o resto que eu compartilhei naquelas poucas horas com você. Foi aquele misto de intensidade em pouco tempo que eu com certeza quis para mim, mas não soube o que fazer. E agora está tudo nesse texto, porque é a única forma que eu encontrei de te dizer tudo o que eu escondi esse tempo todo.